INMANUEL: DEUS CONOSCO!

Em outras oportunidades eu já disse que as festividades, especialmente as bíblicas, são mais do que simples momentos de celebração, comida e bebida. Isso faz parte, mas, não é ou não deveria ser o mais importante. Deuteronômio 8:3 diz: “… o homem não viverá só de pão, mas, de toda palavra que procede da boca de Deus“. Já o livro de Romanos 14:17 diz “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas, justiça, e paz e alegria no Espirito Santo“.

Portanto, deve haver algo a mais na vida, nas festividades, do que a aparência, do que a comida e a bebida. Nessas datas que se avizinham, estou certo de que deveria reinar a essência de uma boa e profunda reflexão. Embora, o Natal e o Ano Novo não sejam festividades bíblicas (o que não significam que não sejam cristãs), nem por isso deveriam ser celebradas sem a reflexão a que se propõem.

O Natal, por exemplo, foi a data proposta para se celebrar o nascimento, a vinda, a vida, o sacrifício do Cristo, Jesus, o salvador. Nada de errado aqui; pelo contrário! Porém, com o tempo, nossa sociedade e mesmo alguns de nós temos sido vencidos pela perda da essência, pelo consumismo, e assim, pouco tem sobrado para o sentido e espírito original dessa festividade, inclusive, para a reflexão! 

Por isso, proponho que reflitamos, e quem sabe, resgatemos, a essência dessa que certamente é a maior das notícias (boas novas) já anunciadas.

Será que Maria sabia?

Maria foi a bem-aventurada mulher, dentre todas as outras, que teve o GRANDE PRIVILÉGIO de gerar e carregar no seu ventre aquele que havia de vir. De acordo com o evangelho de Lucas 1:26-38, o anjo Gabriel foi enviado para dar a ela a notícia e conceder algumas informações espetaculares. Maria, ficou impactada com a notícia e guardou as palavras em seu coração, e, mesmo sem compreender completamente o significado e implicações do fato, aceitou pela fé o seu encargo! Disse ela: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela” (Lucas 1:38).

A grande questão é: Será que Maria entendia e valorizaria o grande privilégio que lhe havia sido dado, de carregar dentro de si o Emanuel??

De acordo com Mateus… “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta Isaías [7:14], que diz; eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL” (Mateus 1:22,23). A tradução do original para o português de Mateus 1:23 nos revela o significado da expressão Emanuel: Deus conosco! Alguns entendem que “Deus dentro do barro” é uma tradução igualmente possível. 

Seja como for, compreendendo isto, talvez, possamos entender o tamanho do privilégio de Maria, de carregar dentro de si o Deus conosco, o Deus dentro do barro – Jesus o Cristo! 

Mas, a melhor das boas notícias não é só que Deus se fez carne para resgatar a humanidade, mas, para restabelecer a comunhão, acabar com a inimizade, derrubar a parede de separação, para estar no meio dos seus e para habitar neles! (Lucas 2:8-15 /Efésios 2:16)

Maria não foi a única; foi apenas a primeira! E nos deixou um grande exemplo a ser seguido de humildade, abnegação e fé!

Se você fosse a Maria nos dias de hoje, como será que Cristo seria tratado??

Graças ao grande amor do Pai e ao sacrifício de Cristo, temos a oportunidade não só de almejar e ter a vida eterna, mas, de ainda aqui nessa terra, recebe-lo, carrega-lo, cuida-lo dentro de nós! Todos os versículos a seguir nos mostram essa verdade e realidade: Que todo cristão verdadeiro tem o mesmo privilégio de carregar em si a preciosidade da Presença, Graça de Deus, através de seu Espírito (João 14:16-23 / Romanos 8:9 /1 Coríntios 3:16; 6:19 /2 Coríntios 4:7).

A grade questão é: Sabemos e estamos conscientes disto? Valorizamos isto?

Finalizo esse texto/reflexão desejando e orando por você para que tenhas a oportunidade de terem os olhos e coração iluminados para conhecer e reconhecer a grandeza da oportunidade que nós temos em e através de Cristo Jesus. Desejo mais do que um Natal de graça, vida, paz… que seja um grande momento de comunhão entre sua família e o Deus que quer estar e habitar conosco.